As inovações tecnológicas têm ocorrido de forma ágil, numa era onde as mudanças tendem a produzir obsolescência de gestão à mesma velocidade. Igualmente velozes e pragmáticos são os impactos nas práticas de Administração, que colocam em debate as formas, conceitos e práticas tradicionais e limitadas no que diz respeito à condução de negócios. Aspectos estes, determinantes para a competitividade e sobrevivência das organizações.

A quebra de paradigma do “convencional” frente ao “moderno” exige reflexão e demasiada responsabilidade por parte do tomador de decisão. Por outro lado, novas e modernas técnicas de trabalho e das formas de se trabalhar colocam em xeque práticas convencionais balizadas em um “único melhor jeito”, dando espaço a formas contemporâneas baseadas em parcerias e produção em redes.

No Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), novos conceitos e práticas combinam diferentes tipos de relações de trabalho e formas de parcerias com demais organizações, sendo essenciais e adequadas para necessidades específicas da unidade hospitalar. A dinamicidade e complexidade da condução de inúmeras atividades administrativas e de apoio de uma unidade hospitalar têm tornado a prática de outsourcing – parceria com outra organização – uma estratégia bem-sucedida.

O parceiro, detentor de know-how típico, oferece garantia de prestação com qualidade e compromisso, possibilitando ao corpo de gestores a condução e concentração máxima em seu core business. Outras vantagens podem ser notadas com a redução de custos fixos em alguns casos, além do acesso a competências especializadas e experiência em outros mercados, permitindo melhorias no processo de atuação. A negligência com esta prática implicaria, necessariamente, em riscos de inviabilização da unidade, mesmo que o desafio da gestão seja ainda maior no que diz respeito a interações de processos entre os mais diversos entes envolvidos.

O norteador da decisão resulta em enxergar e contratar serviços com excelência de prestação e qualidade assistida por meio da gestão dos contratos e seus indicadores, não se limitando a potenciais aspectos meramente econômico-financeiros, como redução dos custos, por exemplo. Tudo posto em prol do aprimoramento e cuidado na assistência aos pacientes, com o objetivo primordial em cuidar de vidas e educar em saúde.

Paulo César Alves Pereira
Diretor Administrativo e Financeiro do Hospital de Campanha para Enfrentamento ao Coronavírus, pela Associação de Gestão, Inovação e Resultados em Saúde (Agir)