O evento de abertura contou com representantes das áreas de saúde, engenharia, arquitetura e inovação

Com foco no futuro dos ambientes de saúde e bem-estar, o IX Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (CBDEH) foi iniciado na última quarta-feira (19), no Centro de Convenções de Pernambuco (Cecon-PE). O primeiro dia de programação foi marcado por uma grade de minicursos e pela abertura oficial do evento que reúne profissionais de todo o país.

Fernanda Ventura, vice-presidente de Marketing da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar e presidente do CBDEH, recebeu os congressistas com um discurso voltado para a inovação. “Recife tem recebido grandes investimentos financeiros nas últimas décadas. Aportes específicos para a área. A capital também se firma como um dos principais ecossistemas de tecnologia e inovação do Brasil. Tornando o ambiente propício para a discussão do futuro dos espaços de saúde e todas possibilidades de conexões que o negócio exige”, comentou.

A mesa de abertura contou com representantes da ABDEH, Comissão Científica, Associação Brasileira de Engenharia Clínica (ABECLIN), Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE) e CESAR Labs. Os congressistas prestigiaram a conferência de abertura “O hospital e as crises sanitárias” com o ex-presidente da Anvisa Claudio Maierovitch.

Durante a programação do pré-congresso pela manhã foram realizados os minicursos “Experiência do Paciente: Construindo a segurança das instalações para os padrões da certificação da qualidade nos serviços de saúde” e “Desmistificando o BIM em edifícios hospitalares: da concepção ao uso e manutenção”.

O primeiro minicurso teve como foco a experiência do paciente nas edificações de saúde, propondo uma discussão prática sobre os desafios relacionados à segurança, qualidade e regularidade das instalações. A abordagem teve Doris Vilas-Boas (BA) como facilitadora e Andréa Faierstain (PE) e Fabyana Andrade (PE) como palestrantes.

Já a discussão sobre BIM em edifícios hospitalares foi facilitada por Maria Cecilia de Oliveira (PE) e teve Tiago Lopes e Max Andrade (PE) como palestrantes. Eles trataram do método “Building Information Modeling”, conhecido como BIM, que possibilita o trabalho colaborativo e integrado em diferentes fases do projeto de edifícios hospitalares.

No turno da tarde, outros dois minicursos foram ministrados. Os temas tratados foram “Segurança Contra Incêndio em Edifícios de Saúde” e “Ambientes de saúde terapêuticos: aplicação do design biofílico segundo os conceitos das neurociências”. O primeiro trouxe Cleo Barros (RJ), como facilitador, e Marcos Kahn (SP), como palestrante, para tratar dos desafios vivenciados no desenvolvimento de novos projetos, assim como a modernização e operação da segurança contra incêndios em edificações já existentes.

Fechando a grade de minicursos, Adriana Sarnelli (PR) foi a facilitadora e Eleonora Zioni (SP) a palestrante sobre a aplicação do design biofílico em ambientes terapêuticos. A técnica abordada aplica elementos da natureza em edificações, proporcionando bem-estar aos pacientes através de espaços aconchegantes.

A arquiteta Monica Campino, que veio de São Paulo, comenta que a experiência foi enriquecedora. “Eu sou arquiteta e fornecedora. Então, a gente lida do outro lado. Vê as questões técnicas dos projetos, as exigências, acompanha as atualizações.Eu achei o minicurso muito positivo porque a gente nota a agregação de uma área técnica com uma área sensorial. Isso desperta muito conhecimento e a nossa curiosidade, tanto quanto profissional, como fornecedor também”, aponta.