Conheça quatro histórias inspiradoras de profissionais da diálise neste 27 de agosto, dia do psicólogo
Quando uma doença crônica se instala, pacientes podem ter a saúde mental fortemente impactada. Ninguém está preparado para descobrir que a saúde física apresenta problemas. Não importa a idade, o sexo, a escolaridade. Quando uma doença chega, há forte abalo emocional para a maioria das pessoas. E por mais que possam existir tratamentos e medicamentos para diminuir os sintomas e suas consequências, o suporte profissional de um psicólogo faz toda diferença.
Nesse dia 27 de agosto comemora-se o Dia do Psicólogo. E a Fresenius Medical Care, que possui 35 clínicas de diálise no país, homenageia suas equipes revelando um pouco do dia a dia dos profissionais que integram suas equipes multidisciplinares, provocando o sucesso dos tratamentos dos seus mais de 4 mil pacientes no Brasil. Pois são as equipes de psicologia que dão continuidade ao acolhimento inicial realizado por assistentes sociais e criam as condições necessárias para o paciente entender e aceitar que mesmo com o rim deixando de funcionar, existe continuidade para a vida e, acima de tudo, é possível com dedicação, esforço e aderência às recomendações médicas, fisioterápicas e nutricionais, se manter uma vida com qualidade. O atendimento deles é feito junto aos pacientes e familiares, reconhecidos como significativos integrantes na contribuição da saúde do paciente.
“Pessoas que podem contar com suporte familiar, tendem a se responsabilizar mais em relação aos próprios cuidados. São muitos os desafios, sobretudo em relação a adesão e mudanças no contexto de vida da pessoa. É essencial considerar a saúde do paciente não só nos aspectos físicos, mas também sociais, emocionais e afetivos e a família tem grande influência nesse sentido. Nós envolvemos todos eles”, relata a psicóloga Camila Araújo, da Clínica CDR Vila da Penha, que integra a rede de clínicas da Fresenius.
A psicóloga Thayna Andrade de Souza, da clínica Fresenius Jardins, lembra que valoriza tanto a sua profissão justamente por ter o grande privilégio em auxiliar os pacientes no seu bem-estar e na sua qualidade de vida. “Ajudamos a ressignificar vários aspectos de suas vidas. Recentemente, tive a alegria de ver meu paciente estudando psicologia, de tão importante que ele achou o nosso trabalho quando a doença dele chegou. Ele reforçou meu sentimento de que a doença renal não limita a oportunidade de continuar realizando os sonhos em vida. Nosso trabalho nem sempre é fácil, mas são muito bem recompensadas. Nunca sabemos exatamente quantas vidas transformamos, mas eles sabem. Realmente, tenho orgulho de pertencer”, relata.
Em Minas Gerais, na Fresenius Savassi, em Belo Horizonte, o psicólogo Heleno de Jesus Nascimento ressalta que a escuta seletiva, ou seja, ouvir os sentimentos, é um grande facilitador para o autodesenvolvimento emocional do paciente e seus familiares. “No meu ponto de vista, a resiliência é um dos maiores aprendizados na clínica de hemodiálise, percebo a capacidade dos pacientes em se adaptarem em situações difíceis, utilizando de sua força interior para se recuperar. Vejo a esperança em olhar para frente e acreditar que algo muito desejado vá acontecer. O que pode ser, por exemplo, conseguir o transplante”, diz.
Luana Mariotti, psicóloga da Fresenius Nove de Julho, em São Paulo, lembra que sua profissão restaura o diálogo do paciente com seu mundo. “Partimos do pressuposto de que, em algum ponto do seu desenvolvimento, esse diálogo foi gravemente interrompido, o que tornou a pessoa descrente de suas possibilidades. Mas com a segurança da intimidade, a confiança se estabelece aos poucos, e a abrangência dessas histórias vai aumentando, com muita cumplicidade do psicólogo. O diálogo começa a se tornar possível, indo até o ponto em que a história pode ser ressignificada. Com essa mudança de olhar, ajudamos o paciente a se reaproximar do seu mundo e isso é maravilhoso. Tornamos o tratamento algo mais leve e amenizamos o que já é sentido todos os dias”.
Atuar na clínica psicológica da nefrologia, em que o paciente precisa ficar numa máquina que filtra o seu sangue por três a quatro horas por dia, de três a sete vezes por semana, é, portanto, aliviar as tensões, angústias e ansiedade, assim como melhorar o convívio deles com a própria doença.