Surto gera sinal de alerta para a saúde dos imunossuprimidos, para quem a vacina não é recomendada; já as pessoas que convivem com os pacientes precisam ser imunizadas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou que os casos de sarampo registrados em todo o mundo aumentaram 79% nos primeiros dois meses de 2022, no comparativo com o mesmo período de 2021. Dados do Ministério da Saúde apontam que em 2020 foram confirmados 8.448 casos e em 2021 houve 2.306 casos suspeitos de sarampo no Brasil.

O sarampo é uma doença potencialmente grave e, dependendo do estado imunológico da criança, ele pode ser fatal. Fabianne Carlesse, médica infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), reforça que a melhor forma de evitar o sarampo é a imunização.

No entanto, a especialista explica que a vacina é composta por vírus vivo atenuado e não deve ser aplicada nas crianças imunossuprimidas. “O ideal é que as pessoas que convivem com os pequenos em tratamento oncológico estejam imunizadas contra o sarampo para que não sejam contaminadas e, assim, não transmitam a doença ao paciente”, explica a Dra. Fabianne.

Os sintomas do sarampo são variados. O paciente pode apresentar febre alta, tosse, secreção respiratória e, principalmente, lesões de pele. “São manchinhas vermelhas pelo corpo todo, que chamamos de ‘rash cutâneo’. Existe um sintoma muito característico do sarampo, denominado de manchas de koplik, sinais esbranquiçados que se encontram dentro da boca do paciente, mais especificamente na bochecha”, esclarece a infectologista.