A International Myeloma Foundation Latin America (IMF LA) tem como principal objetivo alertar a população sobre sinais e sintomas do mieloma múltiplo, visando o diagnóstico precoce desse câncer que ainda é desconhecido do público em geral.
Segundo câncer de sangue mais incidente após a leucemia, o mieloma múltiplo ainda é desconhecido pela população brasileira e mundial, o que acarreta a descoberta tardia da doença, principalmente em pacientes mais jovens. Por este motivo, a International Myeloma Foundation Latin America busca a melhora da qualidade de vida do paciente de mieloma múltiplo e trabalha pela prevenção e a cura por meio de pesquisa, educação, suporte e advocacy.
A ideia é compartilhar conhecimentos essenciais sobre o mieloma múltiplo para toda a população brasileira. “É fundamental que a os brasileiros fiquem atentos aos sinais e sintomas e saibam da importância do diagnóstico precoce”, esclarece Christine Jerez Telles Battistini, Presidente e Fundadora da IMF na América Latina. Segundo ela, cerca de 95% dos pacientes no Brasil são diagnosticados em estágio avançado, pois os médicos muitas vezes não consideram a doença, principalmente quando se trata de pessoas mais jovens. “Essa ação também vem ao encontro de nosso objetivo de criar um impacto positivo na comunidade do mieloma”.
Um dos principais sintomas de alerta do mieloma múltiplo é a dor lombar que, por ser um sintoma comum, dificulta bastante o diagnóstico. “O paciente é tratado erroneamente na grande maioria das vezes, pois no estágio inicial não há nenhum sintoma. Mas, em grande parte dos casos, o mieloma múltiplo pode ser detectado pelo exame de sangue eletroforese de proteínas séricas, um exame barato e acessível pelo SUS também”, explica Christine complementando que este deveria fazer parte dos exames de rotina da população. Nos Estados Unidos 35% dos pacientes descobrem o mieloma através do exame enquanto no Brasil este número é praticamente inexistente.
O braço latino-americano da instituição trabalha para a agilidade no diagnóstico, acesso a novos tratamentos e melhora do tratamento oferecido pelo SUS. “Infelizmente, ainda estamos muito atrasados em relação ao mieloma múltiplo. Para se ter uma ideia, o tratamento disponível aqui no Brasil é o mesmo oferecido há 20 anos atrás nos Estados Unidos”. O trabalho é acompanhado pela equipe de Políticas Públicas e Acesso da IMF no Brasil, que participa ativamente de ações junto à ANVISA, CONITEC e ANS, além de serem parceiros da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia).