A síndrome de burnout, caracterizada pelo esgotamento profissional, é desencadeada por estresse excessivo no ambiente de trabalho e vem atingindo um número expressivo de trabalhadores nos últimos anos. Estima-se que no Brasil, um terço da população seja afetada. Segundo especialistas em saúde, a pandemia do coronavírus potencializou os efeitos da doença, pois muitas pessoas tiveram que mudar suas rotinas de trabalho, gerando situações de desgaste físico e emocional.

A psicóloga, psicoterapeuta e cofundadora da Falla Saúde Mental Márcia Barone Bartilotti explica que a partir do momento em que a síndrome é classificada como fenômeno ocupacional, é fundamental a adoção de práticas, políticas e comportamentos em prol de um modelo de trabalho mais humanizado, consciente e saudável, pois o afastamento por si só não resolve o problema.

“Um dos pontos centrais na abordagem do burnout é que precisamos — de fato — compreender que a síndrome de burnout é um problema coletivo que envolve o profissional e a empresa. É um “sintoma” de que algo não vai bem na organização. Portanto, prevenir, tratar ou erradicar o adoecimento envolve criar um ambiente de trabalho que promova a saúde mental dos trabalhadores. E esse é um ponto delicado, pois pode demandar uma desconstrução da cultura de uma empresa, pois é preciso rever e discutir esse ritmo frenético de trabalho que exige que os trabalhadores corram constantemente atrás de metas, da busca de lucros, além do incentivo à competição. As pessoas continuarão adoecendo se uma revisão do atual modelo de trabalho não ocorrer. E isso, sem dúvida começa de cima para baixo”, diz.

Questões a serem pensadas:

  • O que as empresas podem fazer para evitar que seus colaboradores sejam acometidos pela síndrome de burnout?
  • Ao ser diagnosticado com a doença, quais são os direitos do trabalhador?

Para falar sobre o tema indico o CEO e fundador da Condurú Consultoria, Deives Rezende Filho (perfil completo abaixo).

Deives Rezende Filho

Fundador da Condurú Consultoria e possui 40 anos de experiência no mercado financeiro em outras empresas. Trabalhou em organizações nacionais e internacionais como Itaú, Unibanco, Instituto Ethos, Grupo Stratus, Citibank, Credit Suisse, Morgan Stanley, JPMorgan, Royal Bank of Canada e Banco Real. Graduado em Ciências Contábeis, possui MBA em Gestão Empresarial (FGV-SP) e extensão em Negociação e Sustentabilidade (FGV). É coach e mediador organizacional pelo Instituto EcoSocial, Professional Certified Coach (PCC), Mentor Coach (International Coach Federation), especialista em temas de Governança Ética, ex-presidente do Comitê de Ética ICF-Brasil e palestrante em Ética Empresarial, Conflitos no Ambiente de Trabalho, Protagonismo do Negro e Inclusão Racial.