Telemedicina: como cuidar da saúde à distância?

Dia 18 de outubro celebra-se o Dia do Médico e o avanço tecnológico está entre os mais significativos e maiores destaques na área médica. A telemedicina é o mais importante capítulo incluído recentemente na história da medicina em todo o mundo.

Rumo ao processo de democratização da saúde e aprimoramento dos atendimentos à distância, a telemedicina ganhou força na pandemia e, desde então, vem sendo a opção escolhida por muitos pacientes para o contato com o médico, seja para teleconsulta, teletriagem, telediagnóstico ou até telecirurgia. Em abril de 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução nº 2.314/2022, que regulamentou o uso de tecnologias de comunicação para prestação de serviços médicos no país; estabelecendo, no Brasil, a prática conhecida como telemedicina.

Na esfera global, a tecnologia no contexto médico deu os primeiros passos reconhecidos, entre as décadas de 80 e 90 do século passado. No Brasil, iniciativas individuais aconteceram na década de 90.

Inicialmente, o objetivo era de simplesmente funcionar como um canal entre o médico e pacientes localizados em lugares afastados e sem qualquer acesso a clínicas ou hospitais, levando a essas regiões saúde de qualidade, mesmo que de forma remota. Atualmente, os benefícios vão muito além da comunicação à distância; envolvendo exames e laudos, por exemplo, por meio de aplicativos médicos.

Não se trata apenas de evolução no atendimento, a telemedicina proporciona agilidade, sem locomoção dos pacientes e especialistas, bem como gera economia na prestação de serviço na área da saúde.

Com a rápida implementação de serviços de telessaúde, no auge da pandemia, a Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital aponta que foram realizados 7,5 milhões de atendimentos remotos entre 2020 e 2021 por cerca de 52,2 mil médicos.

Um estudo intitulado “A Transformação digital nos sistemas de saúde”, desenvolvido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), aponta que, entre os usuários da telemedicina na pandemia, 82% das classes A e B foram atendidos online na rede privada, enquanto 78% dos usuários das classes D e E fizeram uso da telemedicina na rede pública. A pesquisa também mostra que quase 40% dos brasileiros que utilizaram o serviço possuem ensino superior. Já os outros beneficiados dos atendimentos online finalizaram o ensino médio (22%) e o fundamental (21%).

Médica e coordenadora do curso de Medicina da Unic, Dra. Denise Abech, destaca os ganhos com a oficialização da telemedicina no Brasil. “Além do acesso democratizado ao atendimento médico de qualidade é significativo mencionarmos a agilidade no recebimento de laudos e demais documentos essenciais para dar andamento à busca de diagnósticos exatos. Sem esquecer de mencionarmos o monitoramento em tempo real para pacientes que necessitam de acompanhamento constante e a redução de gastos e despesas. A telemedicina oferece inúmeras vantagens”, aponta a médica.

Atenta às inovações e demandas do mercado de saúde, a Unic adotou ações inovadoras no cenário de pandemia, por meio da prática da telemedicina entre os estudantes do curso. “O projeto buscou atender, principalmente, pacientes que convivem com doenças crônicas (como o diabetes) e que, em razão do afastamento social imposto pela pandemia, precisaram se ausentar dos atendimentos médicos nas unidades de saúde. Por meio do contato telefônico, os estudantes proporcionaram orientação continuada, prescrição de medicamentos, solicitação de exames e encaminhamento aos centros médicos especializados, sempre monitorados por médicos especialistas da instituição. É sempre satisfatório ver o impacto na comunidade assistida e as possibilidades de inovação no atendimento, que tende a crescer nos próximos anos”, conta a Dra. Denise.