Telemedicina: especialistas listam as perguntas mais frequentes

A pandemia mudou a rotina médica, permitindo que, durante o isolamento, todas as especialidades adotem a telemedicina como medida de enfrentamento à disseminação do novo coronavírus. Também nesse modelo, que impõe o afastamento físico, é possível o atendimento humanizado e personalizado, destaca a dermatologista Paula Bellotti, referência na área.

“É importante criar e estabelecer um vínculo com o paciente, e, como numa consulta presencial, a telemedicina permite tirar dúvidas, descartar patologias suspeitas, fazer diagnóstico, indicar tratamentos e ainda evitar o risco da automedicação”, explica Paula Bellotti.

Já o endocrinologista Alexandre Ferreira ressalta que, além de segurança, as consultas on-line representam comodidade para os pacientes:

“Pacientes que estão no interior, em uma casa de campo, por exemplo, a telemedicina também traz conforto e permite a continuidade de tratamentos”.

Mas, quais são as principais dúvidas que os pacientes levam a essas consultas?

O casal de dermatologistas Valeska e Fabio Francesconi diz que emergências dermatológicas, como urticárias, edemas, alergias a medicamentos e dermatites de contato, são os casos mais comuns. Queixas sobre dermatoses também são frequentes devido ao aumento do estresse.

Francesconi também ressalta a procura pelo skincare ideal. 

“A gente consegue iniciar e manter os cuidados com o corpo e o rosto com medidas domiciliares, orientadas no teleatendimento, como o uso de cremes e formas de massagens, por exemplo. É importante cuidar da saúde mental neste momento, e a autoestima influencia positivamente nesse aspecto”, afirma o dermatologista.

Quanto à volta aos consultórios

O endocrinologista Alexandre Ferreira conta que a pergunta que mais tem ouvido dos pacientes em teleatendimentos é se já é possível voltar à clínica para realizar procedimentos estéticos. E quais medidas de segurança são seguidas para que esses protocolos sejam realizados sem risco.

“Pacientes que já realizavam tratamentos estéticos antes do isolamento têm dúvidas sobre a possibilidade de voltar a realizar protocolos com segurança. Nossa resposta é sim, pois já reestruturamos e readequamos todo o nosso espaço com os sistemas de proteção”, explica.

Mas o endocrinologista frisa que só estão sendo adotados protocolos com tecnologias seguras em relação à proximidade, dando mais segurança ao paciente e ao médico.

“Uma das tecnologias mais indicadas neste momento é o Emsculpt, que atua diretamente nos músculos e permite que o profissional atue à distância. A tecnologia Vanquish também é indicada, principalmente por não ter qualquer contato com a pele do paciente. Através da radiofrequência seletiva, conseguimos eliminar células de gordura pelo sistema linfático e remodelar o corpo. Após o procedimento, todos os equipamentos são higienizados, conforme os protocolos de saúde e segurança indicados”, explica.  

E quando tudo passar

A dermatologista Giovana Moraes destaca que manter uma boa alimentação, com exercícios físicos e protocolos corporais, é essencial para conseguir melhores resultados estéticos.

“Muita gente está parada, ganhou peso, teve aumento da flacidez ou perdeu volume muscular. Com a volta dos protocolos estéticos, conseguimos melhorar, e muito, a autoestima, bem-estar e saúde do paciente”.

O aumento do consumo calórico também é uma preocupação dos pacientes do dermatologista Damiê De Villa. Ele tem acalmado os ânimos de quem o procura, dando dicas de protocolos que eliminam gordura e flacidez. 

“Para quem ganhou peso, aconselhamos retomar os hábitos alimentares saudáveis e, quando tudo passar, investir em um protocolo que utilize radiofrequência seletiva. É um procedimento indolor que elimina células de gordura”, explica.

A dermatologista Paula Bellotti diz que, por muitos pacientes estarem abusando na alimentação e sem atividades físicas frequentes, são muitas as queixas referentes à forma.

“É preciso reforçar a mensagem de que isso vai passar e que o foco é a saúde. Até lá, é importante tentar regular a alimentação”, diz Paula, que recomenda para depois da pandemia um tratamento que utiliza a tecnologia eletromagnética de alta intensidade para acelerar o processo de adaptação muscular.