V-Baby, software que grava ultrassom obstétrica, chega para somar no cenário diagnóstico

Agosto é o mês que mais evidencia assuntos voltados à maternidade, por ser escolhido para simbolizar a luta pelo incentivo à amamentação, levando o nome de Agosto Dourado. Além disso, a época celebra também, anualmente, no dia 15, o Dia da Gestante, o que resulta em grandes discussões sobre a temática. Este ano, grande parte das questões levantadas têm sido sobre como a atual situação pandêmica do mundo trouxe diversos desafios gestacionais.

Um deles é sobre como essas mulheres estão apreensivas para as consultas de pré-natal. Segundo uma pesquisa realizada pela Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 81% das gestantes se preocupam com a possível contaminação pelo novo coronavírus durante os exames. Esse mesmo estudo revelou que dos 1.575 médicos ouvidos, mais da metade observou um atraso no início dos atendimentos pelas mães.

Para se ter uma ideia, dados do Ministério Público mostram que a busca pela assistência médica à grávida, que visa evitar problemas para a mãe e para a criança, reduziu 64% no país. No entanto, o mesmo estudo expressa que o Distrito Federal foi em contrapartida a esses resultados, e aumentou em 9,2% a procura pelo pré-natal após adotar o teleatendimento como medida de incentivo e proteção das gestantes e puérperas.

Atualmente, 89% das clínicas ainda não gravam a ultrassonografia obstétrica na nuvem, mas com o avanço da inovação tecnológica, a ideia é que essa realidade seja alterada. O uso da telessaúde auxilia também na estruturação da medicina diagnóstica. Isso porque, com a ajuda da inteligência artificial, os algoritmos são capazes de reconhecer padrões de análise, dando mais assertividade aos laudos. E com as plataformas integradas em nuvem, os especialistas não precisam estar, necessariamente, no mesmo espaço físico dos equipamentos, possibilitando mais viabilidade, praticidade e maleabilidade para o corpo clínico,  democratizando o acesso ao atendimento.

O tabu acerca da telemedicina está precisando ser deixado de lado para que não haja desassistência nos cuidados da saúde materna, e o uso da tecnologia auxilia nesse processo. Mas quando o tema é exames de imagem, por se tratar de fotografias, não são todas as especialidades que conseguem se adaptar, como é o caso da obstetrícia. Ou pelo menos, não conseguiam, já que o V-Baby, software lançado pela V-Lab, healthtech de tecnologia que fornece infraestrutura para coleta, organização e distribuição de dados médicos em vídeo, surge pensando exatamente em solucionar esse problema, e oferecer mais comodidade e segurança para as mães e flexibilidade para as clínicas.

A ferramenta tem como objetivo revolucionar a forma de armazenar exames de ultrassom, oferecendo uma experiência diferenciada para as pacientes, que podem compartilhar o procedimento audiovisual ao vivo para familiares, amigos e até mesmo para outros médicos acompanharem. Além disso, há a possibilidade de gravar em tempo real, diretamente, na nuvem, para acessar, posteriormente, a qualquer hora e em qualquer lugar.

“É um nicho com muito potencial onde, certamente, a tecnologia deverá contribuir para melhorar a experiência das mães em um período tão importante e ajudar os médicos a fazerem diagnósticos mais precisos. Quando olhamos para o potencial tecnológico da Inteligência Artificial, sem dúvidas o setor de diagnóstico por imagem é um dos mais promissores.”, explica Thiago Lima, CEO da V-lab.

Habitualmente, haverão profissionais e pacientes que prefiram o atendimento presencial, e a telessaúde não a anula. Ela apenas chega para complementar e facilitar o dia a dia das pessoas junto com a evolução da ciência, ideal que vai de encontro ao propósito da healthtech.