Neste Dia Mundial da Luta contra Malária, médica infectologista e coordenadora do ITPAC Cruzeiro do Sul/Afya no Acre, Suiane Negreiros, reforça a importância do conhecimento sobre a doença, especialmente na região amazônica

Nesta quinta-feira (25/04), é lembrado o Dia Mundial da Luta contra a Malária. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2022 foram registrados 128 mil casos da doença no Brasil, uma redução de 7,8% em relação a 2021. Já o número de mortes caiu de 58 para 50, entre os dois períodos. Os estados localizados na região amazônica são os que apresentam a maior parte de transmissão em áreas rurais, como Maranhão, Acre, Rondônia e Pará.

A malária é uma doença infecciosa transmitida pela picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada pelo microrganismo Plasmodium. No Brasil, a espécie predominante é o Plasmodium vivax, sendo menos agressiva que a Plasmodium falciparum que prevalece na África. De acordo com Suiane Negreiros, médica infectologista e coordenadora do ITPAC Cruzeiro do Sul/Afya no Acre, a espécie africana é mais grave por conta do seu próprio ciclo biológico, que compromete o maior número de hemácias do organismo, pois não tem preferência por hemácias específicas.

Apesar de ser menos grave, ainda assim a malária é perigosa no Brasil. “O mais importante é conhecer a forma de transmissão da doença, que é por meio da picada do mosquito. É preciso intensificar o desenvolvimento da educação em saúde para que a população tenha esse conhecimento, principalmente quem mora em áreas mais afetadas, como a região amazônica. A proteção do próprio corpo ou da casa irá ajudar a impedir a transmissão. À medida que nos vestimos de forma apropriada, protegendo nosso corpo, colocando as telas em casas, dormindo embaixo dos mosquiteiros e cortinados, tudo isso irá melhorar a proteção, sendo a melhor forma de prevenir a doença”, orienta a médica Suiane Negreiros.

É preciso ficar alerta com os sintomas também. A malária é uma doença febril, então este é um dos principais sinais, além de dor de cabeça intensa, dor na região lombar e muita fraqueza. “Os pacientes costumam ter uma indisposição importante em decorrência do comprometimento das células do sangue, já que o agente causador causa a destruição das hemácias”, explica a especialista. A doença é identificada por meio do exame de lâmina, onde é feito um pequeno furo na ponta de um dos dedos do paciente para obter uma gota de sangue, com posterior leitura pelo microscopista. Este é considerado o exame padrão ouro na detecção da malária.

Há tratamentos específicos para cada espécie, e medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS e ministrados pelos agentes de saúde comunitários. “No entanto, durante esse percurso de tratamento, dependendo da quantidade de vezes que a população, se expõe à doença, pode ser necessário modificar o cuidado. Especialistas precisam intervir para tratar as especificidades, porque se a infecção não for gerenciada de forma adequada e se perpetuar na comunidade, ela vai ser considerada fonte de infecção frequente, podendo dificultar ainda mais a resolução do problema. Tratar adequadamente o paciente e interromper o ciclo de transmissão são estratégias muito importantes para o controle da malária”, alerta Suiane Negreiros.

Sobre a Afya

A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 32 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, sendo 30 com cursos de medicina e 16 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.203 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) com mais de 20 mil alunos formados. Com 25 anos de atuação em cidades de pequeno e médio porte, a Afya é pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina. 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2023) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em www܂afya܂com܂br e ir܂afya܂com܂br.