O carnaval pode ser um período bastante complicado para pais de crianças autistas, mas de acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu, existem alguns cuidados que ajudam a tornar esse momento mais tranquilo

As crianças com autismo têm algumas sensibilidades que merecem muita atenção durante o Carnaval e muitos pais não sabem como lidar com esse período onde existe uma onda de  estímulos sensoriais intensos, com muitas cores, aglomerações e sons altos.

De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Royal Society for Neuroscience, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, o carnaval pode gerar estímulos desconfortáveis para pessoas autistas, mas com alguns cuidados ele pode ser um período de enriquecimento ambiental e convívio social para as crianças e adolescentes.

O período de carnaval tem vários estímulos naturalmente, algo que para crianças autistas pode ser bastante complicado, as luzes brilhantes, barulhos altos e multidões podem ser desconfortáveis. No entanto, com alguns cuidados, esse período pode se tornar enriquecedor e estimular o convívio social dos filhos com a condição”, afirma.

4 dicas para pais de crianças autistas no carnaval

01 – Espaço Seguro:

Você deve escolher um local a dedo para levar uma criança autista, por exemplo, opte por locais específicos para crianças, ou, se possível, para crianças autistas, são festas que, em geral, possuem menos movimento, músicas mais baixas, menos poluição visual. Fique sempre atento às sensibilidades da criança e, quando possível, encontre um ambiente seguro em meio às festas, permitindo que ela se retire para se acalmar por um tempo caso necessário”, destaca o Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

02 – Comunicação Clara:

Utilize uma linguagem clara e simples para explicar as atividades antecipadamente, explicando como será o local e que ele pode contar com a sua ajuda caso se sinta desconfortável, sempre estimulando a interação social com outras pessoas”.

03 – Adaptações Sensoriais:

Proteja a criança de estímulos potencialmente desconfortáveis, como luzes brilhantes ou barulhos altos, usando protetores auriculares, óculos de sol e outros recursos adaptativos de acordo com cada local”.

05 – Observe o ritmo da criança:

Cada criança autista tem um ritmo diferente e reage de forma diferente aos estímulos do ambiente, ao chegar ao local, dê uma volta com a criança aos poucos para fazer um ‘reconhecimento’, deixe-o próximo a você a menos que ele se impulsione para locais de brincadeiras, por exemplo”, explica Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e  HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 220 artigos científicos e 17 livros.