Drª. Renata Gorjão, vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul, orienta sobre os cuidados e indica pequenos hábitos que promovem qualidade de vida

Com uma rotina cheia de afazeres e obrigações, cuidar da saúde muitas vezes fica em segundo plano. Ao contrário do que muitos imaginam, ter uma vida mais saudável não é difícil, e para isso, pequenas atitudes diárias podem ser realizadas.

Para celebrar o Dia Nacional da Saúde, que é comemorado no mês de agosto, a Drª, Renata Gorjão, vice-coordenadora do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul, separou algumas dicas para melhorar a qualidade de vida. Confira!

Alimentação

Uma boa alimentação pode ajudar diretamente nossa saúde, mas é importante dizer que nossa dieta não precisa ser restritiva, o ideal seria diminuir o consumo de comidas industrializadas e com muita gordura e açúcar. Optar por frutas, legumes e cereais.

Atividade física

A prática de atividade física está diretamente ligada à qualidade de vida e saúde. Prova disso é que a Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society), mostra que quando fazemos exercícios físicos em intensidade vigorosa pelo menos três vezes por semana ou moderada cinco vezes por semana, podemos diminuir as chances de câncer.

“Para quem busca praticidade, indico as caminhadas, videoaulas de pilates ou yoga. O importante é fazer exercício por pelo menos 60 minutos, três vezes por semana”, destaca Renata Gorjão.

Qualidade do sono

O sono tem um papel fisiológico muito importante. Este período de descanso, possibilita a recuperação do desgaste promovido pelas atividades desenvolvidas durante o dia (nosso período ativo). Mas além disso, nesta fase, ocorre a liberação de alguns hormônios importantes, como da melatonina. Este hormônio tem um papel muito importante não só na regulação do início do próprio sono, como também tem um papel antioxidante, combatendo radicais livres, dentre outros efeitos que têm sido estudados.

Hidratação

A ingestão de água é muito importante para o transporte de nutrientes, para o funcionamento do cérebro e do sistema renal. Quando o consumo de água é muito baixo, ocorrem sintomas como dificuldade de concentração nas atividades diárias. Além disso, a desidratação pode ser muito grave promovendo alterações musculares e cardíacas, visto que a água é o nosso principal solvente, sendo responsável por manter o equilíbrio dos eletrólitos no nosso organismo.

Pequenas pausas durante o trabalho

Embora não existam estudos científicos descrevendo exatamente de que forma estas pausas durante o trabalho devem ser realizadas, é um consenso por exemplo, que aqueles que trabalham muito tempo no computador, devem fazer pausas ao longo do dia, longe da tela do computador. Além disso, a postura no trabalho também deve ser alterada, com pequenas pausas para realização de alongamentos, por exemplo. Isto pode melhorar a qualidade de vida e evitar sobrecarga de determinados grupamentos musculares.

Faça algo por você

O lazer é muito importante para a mente e o corpo. Fisiologicamente, atividades prazerosas liberam mediadores como a serotonina, que são importantes por aquela sensação de felicidade. Em um Estudo* recente realizado por nosso grupo, no qual mulheres diabéticas participaram de um programa de aulas de dança, observamos que além da boa adesão ao programa de exercícios, devido à interação social que a atividade promove, elas apresentaram melhora da glicemia, de marcadores inflamatórios e do equilíbrio da resposta imunológica”.

Drª. Renata Gorjão: Graduada em Farmácia-Bioquímica. Obteve o título de Doutora em Ciências. Realizou pós-doutorado na área de Fisiologia, com ênfase em Fisiologia Celular. Atualmente é professora titular do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Ciências da Saúde da Universidade Cruzeiro do Sul. Desenvolve projetos envolvendo estudos sobre a modulação de linfócitos por compostos bioativos e exercício físico. Além disso estuda os processos envolvidos com a diferenciação de linfócitos no desenvolvimento de doenças como obesidade, diabetes mellitus e câncer.