“Acorda, Brasil!” é o estudo que traz o retrato atualizado e aprofundado do sono do brasileiro em todo o país, considerando diversidades socioeconômica, etária e de gênero

Persono, marca da Coteminas dedicada a melhorar a vida das pessoas a partir do sono, acaba de revelar dados alarmantes obtidos através de pesquisa inédita no Brasil sobre a qualidade do sono do brasileiro. Conduzida pela plataforma de human analytics da MindMiners – empresa de tecnologia – e coordenada pela consultoria Unimark/Longo, a pesquisa “Acorda, Brasil!” tem como objetivo imediato a conscientização da classe médica, autoridades públicas e de toda a sociedade para o grave problema de privação de sono em nosso país, já que mostra que 62% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono, percentual muito acima da média mundial, que é de 45%.

Realizado entre os dias 5 e 10 de novembro de 2020, em todas as regiões do país, esse estudo representativo abrangeu 5 classes sociais e 4 diferentes recortes etários, computando um total de 2 mil respondentes, amostragem semelhante à realizada por institutos como Ibope para eleições presidenciais.

“Certamente, a pandemia contribuiu para um aumento de distúrbios do sono, fortemente motivados pelas preocupações com questões financeiras” – comenta Josué Alencar – diretor da Coteminas, responsável pela marca Persono. “Mas há tempos que a qualidade do sono tem sido negligenciada. O sedentarismo, por exemplo, é um dos fatores históricos que contribui negativamente para a má qualidade de sono do brasileiro. E, agora, o vilão da vez é o celular levado para a cama. Com sua luz azul que inibe a produção do hormônio do sono e a ansiedade provocada por notícias e redes sociais, este mau hábito já faz parte das noites de 78% dos brasileiros” – complementa.

A privação do sono está em franco crescimento e chamando a atenção de startups e grandes empresas em todo o mundo, que têm investido no desenvolvimento de soluções tecnológicas para o problema. Mas aqui no Brasil, como mostra o estudo, ainda é necessário muito investimento também no processo de conscientização da população para o problema, tanto por parte do poder público como das entidades de saúde ou das indústrias que atuam em mercados afins.

Para corroborar com a necessidade de conscientização, a pesquisa revela que, mesmo tendo plano de saúde, o brasileiro se consulta muito pouco sobre distúrbios do sono: 86% não consideram problemas com sono uma razão suficiente para ir ao médico.

Por outro lado, os dados mostram que em consultas e check-ups que não tratam especificamente sobre sono, este importante indicador de saúde é praticamente esquecido, sendo as queixas sobre sono comumente resolvidas com prescrição de medicamentos, mesmo sem aprofundamento do diagnóstico.

O estudo do sono se torna ainda mais relevante quando se leva em conta que cada pessoa tem um relógio biológico diferente, que as torna mais diurnas, mais vespertinas ou mais noturnas. É isso que chamamos de cronotipo.

E a pesquisa traz a identificação do perfil de cronotipo do brasileiro: 40% da população brasileira é intermediária; 30%, vespertina; e 30%, matutina – bastante semelhante ao da média mundial, com uma variação de apenas 10 pontos percentuais.

Esse cronotipo sofre mudanças ao longo da vida e é sabido que com as mudanças hormonais da adolescência o cronotipo vespertino se intensifica.

Neste sentido, os horários de entrada em aula e o famoso “horário comercial” não estão alinhados ao perfil de sono de nossos adolescentes – que não conseguem render seu máximo às 7h00 da manhã – e trabalhadores, principalmente da força de trabalho feminina, que tem cronotipo predominantemente vespertino, ou seja, cuja melhor performance física e cognitiva se dá do final da tarde para o começo da noite.

Para se ter uma dimensão da importância da qualidade do sono para a saúde e, consequentemente, para a produtividade das pessoas, Seattle, nos Estados Unidos, decretou Lei para determinar o horário de início do ensino do High School, que passou a ser às 8h30.

A privação do sono traz, ainda, consequências fatais: 17% dos brasileiros confessaram já ter dormido ao volante. Estes sobreviveram, mas as fatalidades decorrentes de sonolência chegam a milhares ao ano.

É preciso que a sociedade passe a valorizar mais o sono, assim como vem aprendendo a valorizar a prática de exercícios e a alimentação equilibrada. Faz-se necessária uma mudança de mindset a respeito do sono, enaltecendo o hábito de dormir bem e deixar de promover a privação de sono como prova de determinação e sucesso pessoal.

O estudo “Acorda, Brasil!” com a análise completa dos resultados da pesquisa, está à disposição da imprensa e da classe médica. Para fazer o download do documento no formato .pdf, acesse o link www.persono.com.br/pesquisa-habitos-de-sono .