Número de infecções praticamente zera quando Unidade de Terapia Intensiva abriga apenas mães e recém-nascidos
Em maio de 2019, nasceu a terceira filha de Fabiana Miranda de Oliveira, 41 anos. Teria sido mais um parto comum se, dias depois do parto, já em casa, a sorte da enfermeira não tivesse mudado. “Percebi minhas pernas muito pesadas e fiquei com medo de estar começando uma trombose. Fui para a maternidade e logo houve a indicação para a internação na UTI”, relata.
Histórias como a de Fabiana são comuns. Entretanto, nem sempre os desfechos são favoráveis, seja para a mãe ou para o bebê. A enfermeira conta que um dos maiores medos era ficar sem a filha recém nascida pelo fato de estar internada em unidade de terapia intensiva.
“No quarto de UTI, fiquei com meu marido e minha filha o tempo todo. Isso me trouxe uma tranquilidade que, sem dúvida, contribuiu para o meu restabelecimento”, conta.
A Maternidade Brasília possui UTI Materna exclusiva e lá, em quase todos os casos, a mãe pode ficar com o bebê e com um acompanhante. “Para a mãe esta é uma tranquilidade que tem impactos positivos no tratamento dela. Além disso, há questões mais práticas, como a possiblidade de retirada do leite, dependendo do quadro clínico, para que o bebê seja alimentado”, afirma o diretor médico da Maternidade, Evandro Oliveira.
Para as mães que precisam acompanhar os bebês, a exclusividade também é vantagem. “A ordenha à beira-leito permite que as mães amamentem seus filhos internados, fortalecendo o vínculo mãe-bebê mesmo nestas situações”, completa o diretor.
O médico ainda aponta mais um aspecto importante da UTI exclusiva: a impossibilidade de contato com pacientes que tenham outros tipos de doenças. De acordo com o Evandro, esta medida, aliada a boas práticas hospitalares, reduz as infecções a quase zero.